109 research outputs found

    Editorial

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    Este primeiro número é fruto de um esforço que teve início em agosto de 1992 e que se concretiza neste momento. Para aqueles que nunca tentaram editar uma revista, pode parecer muito tempo, dois anos, entre o começo e a conclusão deste trabalho. MOVIMENTO surge apesar da inexperiência, das dificuldades financeiras, da falta de estrutura funcional, da pequena disponibilidade de tempo e outros entraves que evidenciam, por um lado o nosso amadorismo, por outro, uma aposta nesta Escola e na possibilidade de avanço na nossa área de estudos, a Educação Físic

    EDITORIAL

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    Num momento em que, mais uma vez, se renova o debate em torno dos processos de avaliação da CAPES sobre os programas de Pós Graduação em Educação Física e seus docentes, oferecemos mais um número da Revista Movimento. Tendo em vista os nossos últimos movimentos, dentre os quais o desafio de inserir a revista no âmbito internacional, publicando uma versão eletrônica também na Língua Inglesa, neste número não trazemos novidades. A relação que esta edição tem com as novas informações, que vêm circulando na área, não são as novidades, mas a sua consolidação, cada vez mais evidente. Isto se percebe tanto pelos comentários de influentes pessoas da área sobre as novidades da CAPES relativas aos periódicos nacionais (a Revista Movimento está “bombando”, teria dito um participante da última reunião dos coordenadores de Pós Graduação em Educação Física), como pelo cada vez maior fluxo de artigos que nos têm sido enviados para publicação: no momento estamos com aproximadamente 80 artigos em processo de avaliação e as edições de 2008 já estão praticamente preenchidas

    EDITORIAL

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    No encontro de editores de revistas especializadas em Educação Física, realizado no VIII Combrace em Belém/PA, discutindo acerca das dificuldades para efetivar nossos empreendimentos, a experiência de editores mais antigos nos levou a concluir que, nesta área, o difícil não era publicar o primeiro número, e sim dar continuidade a esta tarefa. Esta conclusão era embasada na falta de produção na área, nas dificuldades financeiras para garantir as publicações, nas limitações estruturais para sua realização e até no nosso público que seria, até certo ponto, restrito

    RELAÇÕES ENTRE O ESPORTE DE RENDIMENTO E O ESPORTE DA ESCOLA

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    Inicialmente realizarei uma breve revisão acerca de alguns aspectos da discussão sociológica contemporânea sobre o esporte, chamando a atenção para as suas repercussões no desenvolvimento do debate que ocorre no âmbito da Educação Física Brasileira, no que se refere à inserção desta prática social na realidade escolar. Buscarei apontar para algumas questões que - apesar de terem sido motivos de muitas discussões entre os profissionais da área - ainda me parecem obscuras e, por esta razão, não têm satisfeito os elementos desta comunidade, contribuindo para a manutenção da polêmica, agora reativada pela Revista Movimento

    EDITORIAL

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    Neste momento, estamos publicando o segundo número de nossa revista Movimento, um empreendimento no qual acreditamos e investimos, colocando muito esforço institucional. elizmente acreditamos que valeu a pena, já que tivemos uma ótima receptividade junto à comunidade ligada à Educação Física, que é o nosso público principal. Evidencia-se esta receptividade, tanto pelo grande número de assinaturas solicitadas, como pelo número de artigos encaminhados (o terceiro número já está quase fechado) e ainda por vários comentários, alguns pessoalmente, outros via correspondência, expressando apoio a nossa Movimento

    EDITORIAL

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    No momento em que estamos editando o 4o número de Movimento percebemos a receptividade dos nossos leitores no que se refere a debater acerca das temáticas da área. Identificamos, também, a riqueza que advém da busca de respostas para perguntas que, à primeira vista, parecem simples, mas que havendo oportunidade propiciam um amplo embate acadêmico. Foi com esse objetivo que, já no primeiro número de Movimento, estabelecemos como uma parte importante da nossa publicação a seção "Temas polêmicos" e iniciamos com a provocação "Afinal, o que é a Educação Física?"

    FUTEBOL DE VETERANOS: UM ESTUDO ETNOGRÁFICO SOBRE O ESPORTE NO COTIDIANO URBANO

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    No trabalho, é desenvolvido um estudo etnográfico acerca do esporte no cotidiano urbano, focalizando dois grupos de veteranos de futebol freqüentadores de espaços públicos da cidade de Porto Alegre. Interpretando e analisando comparativamente as suas práticas esportivas, busca-se compreendê-las como elementos constitutivos do modo de vida daqueles homens e, a partir daí, estabelecer um diálogo com discursos correntes na Educação Física Brasileira acerca do esporte. Conclui-se que os discursos correntes — tentativas de caracterização generalizadora — não dão conta das diferentes manifestações do esporte e que os estudos etnográficos podem contribuir para compreender uma variedade de orientações sociais e culturais a ele subjacentes

    As (des)construções de gênero e sexualidade no recreio escolar

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    In this study, from the slopes of Cultural Studies and Gender approaching the post-structuralism of Foucault, we aimed to understand how gender meanings that constitute different ways of being a boy or a girl in the playground area of a public school in Porto Alegre, Brazil are attributed. Through an ethnographic study, which lasted a year, and interviews with children, we focused on a second and a third basic education grades and identified an unofficial and unintended learning that occurs in the games of children, in which they learn ways to be boys and girls. In this context, we realized that there is an occupation of the schoolyard by gender, including occupancy and different ways of negotiation setting a geography of gender. We also observed a construction of sexuality in school, in which homosexuality is circumscribed to the detriment of the norm of heterosexuality.Neste estudo, a partir das vertentes dos Estudos Culturais e de Gênero que se aproximam do pós-estruturalismo de Foucault, procuramos compreender como são atribuídos significados de gênero que constituem modos diferenciados de ser menino ou menina no espaço do recreio de uma escola pública de Porto Alegre, no Brasil. Através de um trabalho etnográfico que teve a duração de um ano e com realização de entrevistas com crianças, focalizamos uma segunda e uma terceira série do ensino fundamental e identificamos uma aprendizagem não-oficial e não-intencional que ocorre nas brincadeiras das crianças, onde elas aprendem formas de ser meninos e meninas. Neste contexto, percebemos que existe uma ocupação dos espaços do pátio da escola segundo o gênero, que inclui diferentes maneiras de ocupação e negociação configurando uma geografia do gênero. Também observamos uma construção da sexualidade na escola, na qual a homossexualidade é circunscrita em detrimento da norma da heterossexualidade

    O FUTEBOL “DE VÁRZEA” É “UMA VÁRZEA”!? ETNOGRAFIA DA ORGANIZAÇÃO NO CIRCUITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

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    This study is an analysis of the notion of organization when related to amateur association football, or soccer. This has been done based on a multi-location ethnic study carried out between February 2009 and December 2011 within the soccer circuit of the city of Porto Alegre, known as the “Municipality of Amateur Soccer”. Within this circuit different immersion trajectories have been produced in order to follow people, practices and artefacts related to the processes of the organization of the teams and the competitions. We have attempted to show how the “amateurish organization” results from the tension between two models, here understood as from the categories of “closest to professional” and “here it’s amateur”. Based on the analysis exercise of the empirical field, we can realize that the expression “amateurish”, within the universe of the soccer organization studied, cannot be simply understood as lack of, or need for, organization, but rather as local constructions that are not so susceptible to the logic of a symbolic universe, since they depend on the recognition of the dynamics and assemblages of everyday life that go beyond the game itself.Este estudio trata el análisis de la relación entre la noción de organización cuando se aproxima al de la “canchita”. Nos basamos en un estudio etnográfico multisectorial, realizado entre febrero de 2009 y diciembre de 2011, en un circuito de fútbol de la ciudad de Porto Alegre, reconocido como “Municipal de Canchitas”. En ese circuito fueron producidas diferentes trayectorias de aproximación, con el intuito de seguir personas, prácticas e instrumentos relacionados a los procesos de la organización de las competiciones y de los equipos. Buscamos mostrar como la “organización de la canchita” resulta de la tensión entre dos modelos, aquí comprendidos a partir de las categorías: “más próxima al profesional” y “acá es la canchita”. Con base en el ejercicio de análisis del campo empírico, pudimos entender que la expresión “una canchita”, en el universo de la organización futbolística estudiado, no puede ser comprendido apenas como falta o escasez de organización, pero sí en cuanto construcciones locales que no están susceptibles solamente a las lógicas de un universo simbólico, porque dependen del reconocimiento de dinámicas y agendas de la vida cotidiana que van más allá del juego propiamente dicho.Este estudo retrata a análise da relação entre a noção de organização quando aproximada “da várzea”. Fizemos isso tendo como base um estudo etnográfico multilocalizado realizado entre fevereiro de 2009 e dezembro de 2011, num circuito de futebol da cidade de Porto Alegre, reconhecido como “Municipal da Várzea”. Nesse circuito foram produzidas diferentes trajetórias de imersão, com o intuito de seguir pessoas, práticas e artefatos relacionados aos processos de organização das competições e dos times. Procuramos mostrar como a “organização varzeana” resulta da tensão entre dois modelos, aqui compreendidos a partir das categorias “mais próximo do profissional” e “aqui é a várzea”. Com base no exercício de análise do campo empírico, pudemos entender que a expressão “uma várzea”, no universo da organização futebolística estudado, não pode ser compreendida simplesmente como falta ou carência de organização, mas sim enquanto construções locais que não estão suscetíveis tão somente às lógicas de um universo simbólico, pois dependem do reconhecimento de dinâmicas e agenciamentos da vida cotidiana que vão para além do jogo propriamente dito
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